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As Mãos Enquanto Esperamos, de Tiago Félix

12.00

Poesia - 116p

“Talvez se possa conter um vulcão pensando só: contê-lo”. Se Tiago Félix acredita, pelo menos dentro da possibilidade de existir para além de existir que é a poesia, que pode conter um vulcão, não pôde, ou não quis, ao longo dos últimos anos, reprimir a sua própria erupção. “As mãos enquanto esperamos” reúne 50 poemas das centenas que escreveu desde 2015, quando tinha 19 anos. Muitos acabaram no lixo, outros acabam agora na sucata das nossas também amolgadas mãos e consciências. Não é só chapa. É também isso, aliás, mãos e consciência, corpo e ainda, que inquieta o autor. Este é um diário desgovernado dos dias em que não enlouqueceu, mas podia, se quisesse. Félix diz que estes poemas são o que ainda é verdade. São dolorosos, às vezes translúcidos, mas escolhem sempre ser seta na carne, em vez de apontarem apenas.